Doenças do Abacate: Cancro ou Podridão-de-frutos (Dothiorella gregaria)

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O fungo Dothiorella gregaria Sacc., agente causal da podridão-dos-frutos e cancro no abacateiro, tem como teleomorfo (fase sexuada) Botryosphaeria dothidea (Moug.) Ces. et De Not. Esta doença é de grande importância devido à morte dos ramos ou ainda da árvore completa, assim como pela podridão pós-colheita dos frutos.


O patógeno é um endófito que vive dentro dos tecidos da planta, causando a morte descendente, como resultado de um ataque oportunista devido ao enfraquecimento da árvore por estresse hídrico, desfolhação, baixos níveis de nutrientes ou ataque de insetos. Uma recaída devido às condições de estresse facilita a expansão dos sintomas.


O cancro e a podridão-dos-frutos do abacateiro são doenças de ampla distribuição mundial, com registros de incidência na Austrália, Chile, Estados Unidos, Grécia e Índia. No Brasil, existe registro apenas no estado de Minas Gerais.

Além do abacate, D. gregaria ataca outras espécies fruteiras, como manga, maçã, citros, e outras.


spotted leaf blight

Os sintomas típicos da doença são os cancros na casca dos ramos e, excepcionalmente, do tronco, e a podridão dos frutos em processo de amadurecimento ou totalmente maduros.

FRUTOS: Os sintomas podem aparecer em qualquer parte do fruto além do pedúnculo à medida que o fruto amolece, manifestando-se como pequenas lesões necróticas superficiais, parecidas com as lesões limitadas da antracnose nos frutos não coletados e sob ambiente úmido. Inicialmente, estão limitadas à pele do fruto, podendo estender-se para o interior da massa em 3-4 dias a 25 °C, formando lesões hemisféricas, com uma margem distinta. A podridão pode disseminar-se através dos feixes vasculares para a base, o pedúnculo e ao redor de todo o fruto. Nas lesões em estado avançado de apodrecimento, um micélio cinza envolve o fruto, o que se diferencia dos sintomas causados pela antracnose.

RAMOS/CAULE: Os cancros ocorrem principalmente nos raminhos, ramos mais grossos e excepcionalmente no tronco. Nas partes afetadas, a casca fende-se e sofre rachaduras e produz um exsudado branco; os tecidos internos da casca e os feixes vasculares tornam-se marrons, e a casca se separa com facilidade do tronco. Em casos de ataque severo, pode ocorrer desfolhação parcial ou até mesmo a morte da árvore.

O fungo sobrevive nas folhas e frutos apodrecidos no chão, onde forma os conídios (fase assexuada - Dothiorella), e nos raminhos mortos, onde são produzidos os ascósporos (fase sexuada - Botryosphaeria).

Os conídios e ascósporos são disseminados pelo vento e respingos da água da chuva. A longa distância, podem ser disseminados por mudas ou borbulhas para enxertia com infecção endofítica latente.

Injúrias causadas por insetos, geadas, podas, aberturas naturais, como as cicatrizes da abscisão das folhas, lenticelas, etc., assim como acúmulo de foliço embebido em água ao redor do tronco ou nas bifurcações dos ramos, sob ambiente muito úmido, são condições que favorecem o desenvolvimento da doença.

As cultivares mexicanas usadas como porta-enxerto mostram-se mais resistentes a D. gregaria do que as cultivares guatemaltecas.

Realizar vistorias periódicas no pomar, cortar e queimar todos os ramos secos ou com evidência de cancros na casca, igualmente, a remoção e a queima das folhas caídas embaixo da árvore contribuem para a redução da pressão de inóculo dentro do pomar. Corrigir os fatores responsáveis pelo estresse das plantas, causa que favorece o desenvolvimento dos sintomas.

Pulverizações com fungicidas cúpricos também reduzem a severidade da morte descendente dos ramos.

Fontes consultadas:
http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons
http://ucanr.edu/blogs/blogcore/postdetail.cfm?postnum=10509
http://ucanr.edu/blogs/Topics/index.cfm?tagname=dothiorella
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