Doenças do Abacateiro: Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides)

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A Antracnose do Abacateiro é uma doença causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) Sacc. tem como teleomorfo Glomerella cingulata (Stonem) Spauld. et Schrenk.

Colletotrichum gloeosporioides causa infecção das panículas florais, folhas e frutos em todos os estádios de desenvolvimento.



A doença é cosmopolita, ocorrendo em todas as áreas produtoras de abacate, sendo mais importante em regiões com alta umidade e regime chuvoso prolongado. No Brasil, está disseminada por todo o território, embora existam registros de sua incidência apenas em alguns estados, como no Arquipélago de Fernando de Noronha, Maranhão, Pernambuco e São Paulo.



Colletotrichum gloeosporioides é um patógeno onívoro, com um amplo círculo de hospedeiros e, além de atacar praticamente todas as variedades comerciais de abacate, ataca também diversas ervas daninhas, vegetais, trevo e alfafa, entre outros.
Os sintomas típicos da doença são as manchas marrom-escuras e irregulares no ápice das folhas mais velhas, a queda de flores e frutos jovens e o apodrecimento dos frutos maduros.

FOLHAS: Os sintomas ocorrem como manchas irregulares, marrons, principalmente nas bordas e no ápice das folhas senescentes, provocando o crestamento das mesmas.

FRUTOS: Nos frutos ocorrem dois tipos de sintomas. Nos frutos verdes observam-se lesões diminutas, marrons, situadas ao redor das lenticelas da pele do fruto, as quais depreciam o seu valor comercial ou provocam a queda prematura. O outro tipo de sintoma, também em frutos verdes, são manchas grandes e difusas, resultantes da infecção através de picadas de insetos ou danos mecânicos. Nos frutos em amadurecimento na pós-colheita, os sintomas provêm da infecção latente ocorrida no campo, podendo aparecer nos lados ou no extremo floral do fruto, e começam como uma área marrom-clara e deprimida, aumentando rapidamente de tamanho, tornando-se marrom-escura a negra e se expandindo hemisfericamente para o interior da polpa até atingir a semente. Sob condições de alta umidade, aparecem massas mucilaginosas rosadas de esporos que saem dos acérvulos imersos na pele. Finalmente, o fruto termina sofrendo uma podridão mole.

RAMOS: As lesões ocorrem nos ramos finos e verdes, aparecem como manchas alongadas, marrons, que evoluem para formar pequenos cancros, podendo circundar o ramo, provocando a morte descendente.

O fungo sobrevive nos ramos finos mortos, folhas, frutos mumificados na árvore e outros tecidos infectados da planta.

A disseminação dos conídios no pomar ocorre pelo orvalho denso e respingos da água da chuva.

Períodos de umidade prolongados e uma película de água livre sobre os tecidos são condições que favorecem a infecção e o estabelecimento da doença, a qual pode permanecer latente por vários meses e só se manifestar quando os frutos amadurecerem.

Métodos de Controle
As plantações não devem estar muito adensadas de maneira que possam comprometer a circulação do ar e a insolação; realizar podas freqüentes para abrir a copa e aumentar a ventilação e a penetração dos raios solares, assim como podas de limpeza para eliminar os ramos secos e frutos velhos; igualmente, dever-se manter o pomar livre de ervas daninhas e de resíduos vegetais no chão provenientes das podas, visando eliminar ao máximo as possíveis fontes de inóculo.

Podem ser feitas pulverizações com fungicidas protetores antes do começo da floração e do desenvolvimento dos frutos, repetidas aplicações ao longo do ciclo, reduzem a doença em pré e pós-colheita. Existem programas de prognóstico da doença baseados na temperatura e duração da umidade sobre as folhas que ajudam a estabelecer o momento mais apropriado para a aplicação das pulverizações.

Outro método de controle que o produtor dever é tratamento de pós-colheita compreende a aplicação de fungicidas protetores ou um banho dos frutos em água quente a 55 °C por 5 minutos, ou uma combinação de ambos, mas, nesse caso, a temperatura deve ser reduzida para 53-52 °C. O tratamento por imersão em banho frio de fungicida é muito usado, mas é menos eficiente.

Uma combinação de radiações, água quente e fungicidas têm sido usados também para o controle pós-colheita da antracnose.

Fonte consultada: agrofit
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