Dados Botânicos
Nome Científico: Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze.;Nome popular: Perpétua-do-brasil, periquito, penicilina;
Família: Amaranthaceae;
Ocorrência: Brasil.
Ciclo de vida: Perene;
Luminosidade: Sol pleno e meia sombra;
Irrigação: regular (2 a 3x por semana);
Clima: Tropical, subtropical.
Floração: ano todo.
Agente polinizador: sem informações.
Dificuldade: regular.
Da família das Amaranthaceae e brasileiríssima até no nome, a Alternanthera brasiliana
é uma herbácea ereta que atinge até 120cm de altura (a var. brasiliana,
de menor porte, atinge 50-60cm). Possui diversos nomes ao longo de todo
o território em que ocorre, sendo chamada Perpétua-do-Brasil,
penicilina, periquito, e até mesmo doril, em alusão às propriedades
medicinais que possui. As folhas possuem coloração que varia desde o
arroxeado escuro, até o bordô vibrante, o que lhe indica para a
composição de maciços ao lado de plantas com folhagem semelhante e de
coloração verde, a alternância entre as cores dando movimento e
vivacidade ao jardim, como Burle-Marx, aliás, já fez.
As folhas são simples, crescendo ao
longo de hastes pouco ou timidamente ramificadas. A inflorescência é
diminuta, quase insignificante do ponto de vista ornamental, mas de
grande delicadeza. Deve ter sido sua semelhança com a flora da Gomphrena globosa L. que lhe rendeu a alcunha “Perpétua-do-Brasil”.
Não é planta difícil de cuidar, mas é
preciso observar que os canteiros estejam úmidos para mantê-la sempre em
todo seu esplendor.
Curiosidades sobre a Alternanthera brasiliana
Chamada também de Doril, possui
propriedades medicinais analgésicas e é utilizada na medicina popular
tanto no litoral brasileiro, quanto na Amazônia, entre os índios. Seu
uso medicinal inclui o preparo de infusão tanto das flores quanto das
folhas, além da maceração da planta inteira, estimulando propriedade
distintas. A esse respeito, indicamos este excelente artigo do horto
didático do Hospital Universitário da Federal de Santa Catarina, do qual retiramos os pontos principais – partes da planta e fim medicinal:
- Folhas: diurético, digestivo, depurativo, maceradas curam ou amenizam moléstias do fígado e bexiga;
- Flores: contra diarréia, inflamação e tosse;
- Planta inteira: prisão de ventre.
- Os nativos da Ilha de Santa Catarina indicam ainda o uso da planta contra a gripe.
Pragas e doenças comuns na Penicilina
Resistente a pragas e doenças em seu habitat natural. Dagmar Laus, autora das fotos dessa página, relata que a planta resistiu bravamente a todos os descaminhos possíveis que uma demorada reforma pode trazer. Trata-se, pois, de uma planta nativa, que se espalha facilmente.Cultivo e Reprodução
Trata-se de uma planta que ocorre na restinga, desde regiões de duna estabilizada até regiões de mata ciliares, desde o norte brasileiro até a Ilha de Santa Catarina, no sul. É espécie pioneira, ocorrendo com facilidade em área degradadas. A fertilidade do solo, portanto, é de menor importância para seu desenvolvimento, isso é, prefere regiões arenosas, com baixa acidez e ricos em nitrogênio.Sua capacidade de reprodução e crescimento rápido lhe conferem o status de planta ideal para a cobertura de áreas acidentadas, em declives ou com risco de erosão.
É facilmente reproduzida por estacas ao final do verão.
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