Série Plantas: Mentrasto (Ageratum conyzoides L.)

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Do site: FloraSBS

 


Nomes populares
Mentrasto, camará-opela, catinga-de-bode, catinga-de-borrão, celestina, erva-de-santa-luzia, erva-de-são-joão, maria-preta, picão-roxo
Nome científico
Ageratum conyzoides L.
Basionônio
Sinônimos
Ageratum conyzoides subsp. conyzoides
Ageratum conyzoides var. inaequipaleaceum Hieron.
Ageratum hirsutum Poir.
Ageratum mexicanum Sims.
Ageratum latifolium Cav.
Ageratum latifolium var. galapageium B. L. Rob.
Alomia microcarpa (Benth.) B. L. Rob.
Cacalia mentrasto Vell.
Carelia conyzoides (L.) Kuntze
Coelestina microcarpa Benth.
Eupatorium conyzoides (L.) E. H. L. Kuntze
Família
Asteraceae
Tipo
Nativa, não endêmica do Brasil.
Descrição
Erva anual, com até 1 m de altura, odorífera, frequentemente decumbente, com raízes adventícias; ramos esparsamente albo pubérulo-pilosos, nós com indumentos similares mais adensados. Folhas opostas; pecíolo 0,5-2,5 mm; folha 3-7,5 x 1,4-4,5 cm, ovada, com base obtusa ou truncada, às vezes cuneada na inserção do pecíolo, simétrica ou oblíqua, ápice agudo, margem crenada, ciliada, esparsamente pilosa em ambas as faces. Inflorescência cimóide ou às vezes alongada em tirsóide. Capítulo homógamos; invólucro 3,5-4,5 mm de altura; brácteas involucrais em 2 séries, subiguais, ápice avermelhado, acuminado. Flores hermafroditas, corola 1,9-2,2 mm, branco-lilás, tubulosa. Cipsela 1,7 mm, esparsamente escabrosa nos ângulos, caropódio assimétrico; papus com 5 escamas lanceoladas, aristadas, pouco mais longas que a corola (MORAES, 2006, p. 6).
Característica
Caracteriza-se pelo invólucro com várias séries de brácteas, em número maior que 5, e pelo papus de páleas aristadas.
Floração / frutificação
Encontrada com flores praticamente o ano todo.
Dispersão
Anemocórica
Hábitat
Planta ruderal com distribuição pantropical, do nível do mar a 2.500 m de altitude, ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
Distribuição geográfica
No Brasil, ocorre no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul (NAKAJIMA, 2010).
Etimologia
Ageratum significa “o que não envelhece”.  
Propriedades
Fitoquímica
Como propriedades químicas, possui: óleo essencial, compostos cumarínicos e benzofuranas, alcalóides, flavonas, flavonóides e cromonas.
Fitoterapia
O suco fresco da planta, bem como o extrato da matéria seca, na forma de instilação, são usados no tratamento da rinite alérgica, sinusite, contra dor de cabeça e de barriga, na regulação menstrual e para aliviar náuseas . O suco fresco também é indicado para hemorragias pós-parto. O decocto das folhas é indicado para cólicas menstruais, resfriados, flatulências, amenorréia, artroses, e para perfumar e suavizar os cabelos e combater a caspa. Útil também contra beribéri, contusões, ferimentos abertos e infecções das vias urinárias. Na medicina popular também é utilizada como diurética, aromática, antiespasmódica, anti-reumática, cicatrizante, carminativa, antidisentérica, analgésica, estimulante, antiinflamatória, antidiarréica, febrífuga, tônica e aperiente. As raízes são utilizadas internamente como analgésico, anti-reumático, e contra cólicas menstruais, e no banho como anti-séptico e contra infecções da pele. A alcoolatura serve para fricções e internamente em cólicas do ventre.
Fitoeconomia
O óleo do mentrasto também protege grãos armazenados contra a ação de fungos. No Nordeste, é utilizada para aromatizar roupas brancas. Na Ásia o principal uso é como forragem para caprinos, muares e bovinos.
Injúria
É também uma planta daninha infestante de lavouras, hortas e terrenos baldios, possui ampla distribuição, e uma única planta é capaz de produzir até 40 mil sementes.
Comentários
Propaga-se exclusivamente por sementes.







Bibliografia
BERETTA, M. E. et al. A Família Asteraceae no Parque Estadual de Itapuã, Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 6, n. 3, p. 189-216. jul./set. 2008. Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/viewFile/991/821>.
DI STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas Medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. Editora UNESP. 2. ed. São Paulo, 2002. 592P. il. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraDownload.do?select_action=&co_obra=17939&co_midia=2>.
FERNANDES, A. C.; RITTER, M. J. A Família Asteraceae no Morro Santana, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. R. Bras. Bioci., Porto Alegre, v. 7, n. 4, p. 395-439, out./dez. 2009. Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/viewFile/1220/897>.
FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.
FRANCO, L. L. As Sensacionais 50 plantas Medicinais. 5ª ed. Editora de Livros e Revistas "O Naturalista". Curitiba, 1998. 248 p. il.
LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed.  2008. 672p. il.
MORAES, M. D.; MONTEIRO, R. A Família Asteraceae na Planície Litorânea de Picinguaba, Ubatuba, São Paulo; Hoehnea 33(1): 41-78, 59 fig., 2006. Disponível em: <http://www.ibot.sp.gov.br/HOEHNEA/volume33/Hoehnea33n1a03.pdf>.
NAKAJIMA, J. 2010. Ageratum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB015934).
PLANTAS MEDICINAIS. CD-ROM, versão 1.0; PROMED – Projeto de Plantas Medicinais; EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.; Coordenação: Antônio Amaury Silva Junior; Itajaí, Santa Catarina. 2001.
SCHULTZ, A. R. Botânica Sistemática. 3ª ed. Editora Globo. Porto Alegre, 1963. 428p. il. v. 2.

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