Picão-preto (Bidens pilosa): Erva daninha ou planta medicinal?

 


O picão-preto (Bidens pilosa) é uma planta herbácea anual, cosmopolita, encontrada em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Conhecida por diversos nomes populares como picão, carrapicho-de-agulha, amor-seco e erva-picão, essa espécie é frequentemente considerada uma erva daninha em áreas agrícolas e urbanas, mas também possui propriedades medicinais reconhecidas e usos na culinária.

Características:

  • Família: Asteraceae (mesma família do girassol e da margarida).
  • Hábito de crescimento: Planta ereta e ramificada, que pode atingir até 1,5 metro de altura.
  • Folhas: Opostas, serrilhadas, com formato que varia de simples a composto, com 3 a 5 folíolos.
  • Flores: Inflorescências do tipo capítulo, com flores centrais amarelas e flores periféricas brancas.
  • Frutos: Aquênios pretos, longos e finos, com duas a três aristas que se prendem facilmente a roupas e pelos de animais, facilitando sua dispersão.
  • Propagação: Por sementes.
  • Adaptação: Adaptável a diferentes tipos de solo e clima, tolerando desde ambientes úmidos até secos.

Impacto nas áreas de produção:

  • Agricultura: Compete com as culturas por água, luz e nutrientes, reduzindo a produtividade. Infesta lavouras de diversas culturas, como soja, milho, algodão, feijão e hortaliças.
  • Pecuária: Pode se tornar um problema em pastagens, competindo com as forrageiras e causando desconforto aos animais devido aos seus frutos que se aderem à pelagem.
  • Jardins e áreas urbanas: Infesta jardins, canteiros e áreas verdes, tornando-se um problema estético e dificultando o manejo.

Propriedades medicinais e outros usos:

Apesar de ser considerada uma erva daninha, o picão-preto possui propriedades medicinais amplamente utilizadas na medicina popular em diversas culturas:

  • Anti-inflamatório, antibacteriano e cicatrizante: Utilizado para tratar feridas, inflamações, picadas de insetos, queimaduras, dores de garganta e problemas de pele.
  • Diurético e depurativo: Auxilia na eliminação de líquidos e toxinas do organismo, sendo usado para problemas urinários e hepáticos.
  • Antioxidante: Combate os radicais livres, protegendo as células contra o envelhecimento precoce.
  • Analgésico e antipirético: Utilizado para aliviar dores e reduzir a febre.

Culinária:

Em algumas culturas, as folhas jovens do picão-preto são consumidas como verdura, em saladas, refogados e sopas.

Manejo e controle:

O controle do picão-preto pode ser feito por métodos mecânicos, químicos e preventivos:

  • Prevenção: Evitar a dispersão das sementes, limpando roupas, máquinas e implementos agrícolas após passar por áreas infestadas. Manter as áreas limpas e capinadas.
  • Controle mecânico: Capina manual ou mecânica, arrancando a planta pela raiz antes da produção de sementes.
  • Controle químico: Aplicação de herbicidas registrados, seguindo as recomendações do fabricante. É importante observar o desenvolvimento de resistência e rotacionar os herbicidas utilizados.

Conclusão:

O picão-preto, apesar de ser uma erva daninha que causa problemas em áreas agrícolas e urbanas, possui valor medicinal e alimentício. O manejo adequado dessa espécie, considerando seus benefícios e malefícios, é fundamental para garantir a produtividade agrícola, a saúde humana e a conservação da biodiversidade.

Bidens pilosa L. [Asteraceae]

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