DOENÇAS DA ABÓBORA: Antracnose (Colletotrichum orbiculare)

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O fungo Colletotrichum orbiculare (Berk. & Mont.) Arx tem vários sinônimos: Colletotrichum lagenarium (Pass.) Ellis & Halst., C. oligochaetum Cavara, Fusarium lagenarium Pass., Gloeosporium lagenarium (Pass.) Sacc. & Roum., G. orbiculare Berk., Glomerella lagenaria Stevens e G. lagenarium F. Stevens. É um patógeno caracterizado pela sua alta variabilidade, conhecendo-se já sete raças descritas. A classificação em raças não está claramente estabelecida e aceita, tem-se intentado esclarecer as diferenças entre raças com base em fatores de crescimento. As raças 1 e 2 parecem ser as mais comuns e destrutivas. Os estudos com marcadores moleculares e com agrupamento por compatibilidade vegetativa não sustentam a divisão em sete raças; entretanto, tem-se identificado duas populações distintas: uma população isolada de melancia, que se corresponde com a raça 2, e outra isolada de pepino e melão, que se corresponde com as raças 1 e 3.

A antracnose das cucurbitáceas é uma das principais doenças em quase todo o mundo, caracterizada por atacar todas as partes aéreas da planta em qualquer estádio de desenvolvimento da cultura, provocando a queda precoce das folhas, perda do vigor ou a morte das plantas, conduzindo a uma redução da produção. Os frutos também podem ser atacados, ficando inutilizados para o consumo

Essa doença tem sido registrada em praticamente todas as regiões do mundo onde se cultivam as cucurbitáceas, porém a maior incidência ocorre nas zonas tropicais. No Brasil existem registros da doença nos estados de Minas Gerais e São Paulo.

Este patógeno ataca todas as espécies de cucurbitáceas cultivadas e silvestres, tendo maior importância sobre chuchu, melancia, melão e pepino, e menor em abóbora e abobrinha.

Sintomas

O fungo produz lesões aquosas, seguidas de necrose e manchas circulares.

FOLHAS: Manchas pequenas, aquosas, principalmente nas folhas mais velhas, podendo atacar também os pecíolos, onde desenvolvem-se lesões alongadas, deprimidas, que tornam-se marrom-escuras, porém os danos causados são de menor importância.

FRUTOS: No começo do amadurecimento dos frutos aparecem lesões circulares, deprimidas e aquosas, que se expandem rapidamente ocupando uma grande área; sob condições de alta umidade, as lesões se cobrem de uma massa micelial negra sobre com numerosos acérvulos que exsudam cirros de conídios e formam uma massa mucilaginosa rosácea.

Modo de sobrevivência e desenvolvimento

Colletotrichum orbiculare pode sobreviver nos restos de culturas até dois anos, nas sementes contaminadas, nas cucurbitáceas e outros hospedeiros silvestres.

Os conídios são dispersados dentro da cultura pelos respingos da chuva e da irrigação por aspersão, pelos insetos que são atraídos pela massa mucilaginosa rosada de conídios, assim como pelas ferramentas de trabalho e equipamentos agrícolas.

A alta umidade e temperaturas entre 19-26 °C por um período de tempo relativamente prolongado são condições que favorecem o aparecimento dos sintomas em torno de uma semana.

Controle

As sementes devem ser sadias e limpas, de preferência tratadas com fungicidas para eliminar qualquer possível contaminação superficial. As rotações de culturas por 2-3 anos dão bom resultado no controle desta doença; igualmente, é eficiente a eliminação dos restos de culturas e o controle das cucurbitáceas silvestres. As plantações devem manter-se bem arejadas para evitar o acúmulo de água livre na superfície das folhas e dos frutos. Deve-se evitar a irrigação por aspersão ou se for necessário, realiza-la no período da manhã; nas culturas em estufas, recomenda-se a irrigação por gotejamento.

O controle químico é baseado na aplicação de fungicidas protetores ou erradicantes.

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