DOENÇAS DA ABÓBORA: Crestamento-gomoso-do-caule (Didymella bryoniae)

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A fase assexual do fungo Didymella bryoniae (Auersw.) Rehm. é Phoma cucurbitacearum (Fr.) Sacc., e os principais sinônimos são Mycosphaerella citrullina (C.O. Smith) Grossenb., M. melonis (Pass.) Chiu et Walker e Ascochyta citrullina (Cester) C.O. Smith.

A doença pode afetar todas as cucurbitáceas cultivadas, ocasionando, às vezes, danos importantes.

Manchas foliares nos pecíolos e na base do caule, podridão do extremo dos frutos e nas superfícies em contato com o solo.

Este fungo encontra-se distribuído por todos os continentes, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais.

Ataca todas as cucurbitáceas cultivadas (melancia, melão, abóbora, abobrinha e pepino), tanto em cultivo no campo quanto em estufas, afeta também muitas espécies nativas.

Sintomas

Manchas marrom-claras que aumentam de tamanho; o tecido necrosado cai, deixando um buraco na folha.

FOLHAS: Manchas irregulares nas folhas, marrom-claras, que geralmente iniciam-se nas bordas e evoluem para o interior ocupando grandes áreas de 5 mm de diâmetro ou mais, às vezes rodeadas de um halo amarelo; as manchas maiores secam e se desprendem, deixando um buraco no limbo foliar. Também ocorrem ataques no pecíolo, que é rapidamente circundado, levando à morte da folha; o fungo avança pelo resto do pecíolo na direção do caule até invadi-lo.

FRUTOS: A parte em contato com o solo é atacada pelo fungo, provocando a formação de alteração irregular com exsudado de goma, sobre a qual observam-se  zonas negras devidas ao crescimento micelial e à produção de picnídios e peritécios; o fungo pode avançar para o interior do fruto e invadir os tecidos, tornando-os negros.

HASTES: O ataque pode ocorrer na base da haste, acima da linha do solo, ou em qualquer região da haste que esteja em contato com o solo. No começo, as manchas são pequenas, com aspecto oleoso, avançando ao longo da haste, rodeando-a totalmente e evoluindo até atingir uma coloração verde-escura com uma tonalidade acinzentada ou negra devido à formação de grande quantidade de peritécios e picnídios.

SEMENTES: A infecção do fruto finalmente atinge a placenta e contamina as sementes nos tegumentos externos e internos, conferindo-lhes uma coloração negra.

Modo de sobrevivência e desenvolvimento

O fungo sobrevive nos restos vegetais, mais ou menos secos sem se decompor, deixados no campo, tanto nos que ficam na superfície quanto nas partes subterrâneas ou enterradas durante a preparação do solo. O fungo resiste à secura do solo, o que lhe permite manter-se por mais de um ano sob a forma de micélio dormente. As sementes contaminadas são também uma via de sobrevivência do fungo.

Geralmente, a fonte inicial de inóculo são os conídios ou os ascósporos, que são liberados dos picnídios e peritécios em condições de ambiente úmido. Os ascósporos são dispersos pelo vento durante todo o ciclo do cultivo; já os conídios são expelidos dos picnídios numa massa mucilaginosa amarela e são dispersos pelos respingos da chuva, da água de irrigação ou pela corrente da água que escoa das partes afetadas, ou também mecanicamente durante as operações de cultivo.

O fungo é particularmente perigoso nos cultivos que apresentam danos mecânicos, como feridas de causas diversas ou plantas enfraquecidas por estresse ou por ataque de outros patógenos. A doença está limitada pelas condições de umidade e temperatura; o fungo é capaz de se desenvolver e frutificar a temperaturas no intervalo de 5-30°C, com ótimo ao redor dos 23-25°C. O fator mais importante no desenvolvimento da doença é a umidade; geralmente, as plantações em condições secas são menos suscetíveis. As infecções não são comuns quando a umidade relativa está próxima a 60%, mas é especialmente grave quando a umidade está próxima de 95% ou há água livre sobre os tecidos pelo menos durante uma hora, tempo suficiente para a germinação e penetração direta através da cutícula e dos ferimentos.

Controle

Atualmente, nenhum cultivar comercial apresenta resistência a este fungo.

Em cultivos em estufa, deve-se prestar atenção especial ao controle do microclima, criando condições de arejamento e alta temperatura que evitem a formação de película de água sobre os tecidos. Na cultura no campo, também é muito importante controlar o conteúdo de água sobre as plantas, para isto recomenda-se realizar irrigação mais freqüente, porém menos intensa, e sempre nas horas da manhã. Folhas, hastes e frutos infectados devem ser retirados do campo e destruídos. Uma vez concluída a colheita, os restos de plantas e frutos devem ser retirados, tanto das estufas quanto do campo, e destruídos ou enterrados profundamente.

A eficácia da luta química vai depender da intensidade da aplicação, especialmente em cultivos em estufa, realizando-se pulverizações semanais à base de benomil, tolilfuanida, mancozeb, iprodione, procimidona, vinclozolina, imazalil, triforina e clortalonil. Recomenda-se alternar o uso destes produtos, pois o fungo pode desenvolver tolerância a algum deles, como já foi constatado com o benomil em vários países. Lesões grandes sobre as hastes podem ser tratadas com um caldo espesso contendo vários desses produtos.
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