Bacuru-de-cores (Anagallis arvensis): A beleza que ameaça a lavoura


Espécie infestante em pomares, jardins, hortas e viveiros. Adapta-se bem ao sombreamento

O Bacuru-de-cores (Anagallis arvensis), também conhecido como erva-do-campo, morrião ou anagalis, é uma planta herbácea anual que, apesar de sua aparência delicada com flores vibrantes em tons de vermelho, laranja e azul, representa uma ameaça silenciosa para diversas culturas agrícolas.

Originária da Europa, essa espécie invasora se espalhou por diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, infestando lavouras, pomares, jardins e áreas de pastagem. Seu crescimento rápido e sua capacidade de produzir grande quantidade de sementes contribuem para sua rápida disseminação, tornando-a um desafio para o manejo.

Impacto nas culturas:

  • Competição por recursos: O Bacuru-de-cores compete com as culturas por água, luz solar e nutrientes, prejudicando seu desenvolvimento e reduzindo a produtividade.
  • Alelopatia: Essa planta libera substâncias químicas no solo que podem inibir o crescimento de outras espécies vegetais, afetando o desenvolvimento das culturas.
  • Contaminação de produtos: Em áreas de pastagem, a ingestão do Bacuru-de-cores por animais pode causar intoxicação, comprometendo a saúde do rebanho e a qualidade dos produtos de origem animal.
  • Resistência a herbicidas: O Bacuru-de-cores tem demonstrado resistência a alguns herbicidas, o que dificulta seu controle químico.

Medidas de controle:

O manejo do Bacuru-de-cores exige a integração de diferentes métodos para um controle eficiente:

  • Prevenção:
    • Utilizar sementes e mudas certificadas, livres de contaminação.
    • Limpar equipamentos agrícolas para evitar a dispersão de sementes.
    • Monitorar áreas de risco para identificar a presença da planta precocemente.
  • Controle cultural:
    • Rotação de culturas com espécies que suprimem o crescimento do Bacuru-de-cores.
    • Adubação equilibrada para fortalecer as culturas e aumentar sua competitividade.
    • Manejo adequado da irrigação para evitar condições favoráveis ao desenvolvimento da planta.
  • Controle mecânico:
    • Capina manual ou mecânica para eliminar plantas jovens antes da produção de sementes.
    • Aração profunda para enterrar as sementes e reduzir sua germinação.
  • Controle químico:
    • Aplicação de herbicidas registrados para a cultura em questão, seguindo as recomendações do fabricante.
    • Rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação para evitar o desenvolvimento de resistência.
  • Controle biológico:
    • Pesquisas estão em andamento para identificar agentes de controle biológico eficazes contra o Bacuru-de-cores, como insetos e fungos.

Manejo Integrado de Pragas (MIP):

A melhor estratégia para controlar o Bacuru-de-cores é a adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina diferentes métodos de controle de forma harmônica, visando a sustentabilidade ambiental e a produtividade agrícola.

Conclusão:

O Bacuru-de-cores é uma planta invasora que exige atenção dos agricultores para evitar perdas na produção. A prevenção, o monitoramento constante e a adoção de práticas de manejo adequadas são fundamentais para controlar essa erva daninha e garantir a saúde das lavouras.

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