Do site: Flora de Santa Catarina
Nome(s) Popular(es):
Carrapicho-rasteiro, carrapicho-da-praia, picão-da-prata,
carrapicho-de-carneiro, cordão-de-sapo, espinho-de-carneiro,
picão-da-praia, carrapicho-do-campo, mata-pasto, marôto, amor-de-negro,
carrapicho-miúdo, chifrinho, pega-pega
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Espécie: Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze
Sinônimos:
Acanthospermum xanthioides DC.
Descrição:
Erva
geralmente perene com caules rastejantes de 10-60 cm de comprimento,
pode formar densas touceiras. Os caules jovens são verdes e pilosos,
enquanto os ramos velhos podem tornar-se lenhosos. Folhas opostas 1,4 cm
de comprimento por 0,5-3 cm de largura são suportadas por caules
curtos; margens abruptamente denteadas e pontiagudas. As folhas são
recobertas por inúmeras pequenas pontoações e esparsamente recobertas
por tricomas adpressos. Capítulos discretos, produzidos individualmente
nas forquilhas das folhas superiores, As inflorescências são rodeadas
por duas fileira de 5, raramente 4 ou 6 brácteas verdes, as brácteas
exteriores são diminutas, 1-2 mm de comprimento, enquanto as interiores
possuem mais de 10 mm de comprimento. Cada capítulo possui dois tipos
diferentes de flores, as cinco flores externas são pistiladas, enquanto
as 5-10 flores internas são estaminadas e de coloração esbranquiçada. Os
frutos são estriadas, e repletos de rebarbas 7-9 mm de comprimento,
formato oval ou fusiforme e recoberto por espinhos com ganchos.
Hábitos, ecologia:
Planta
que cresce em áreas abertas, sendo uma erva invasora de algumas
culturas e pastagens. As inflorescências possuem poucos capítulos
branco-amarelados, polinizados por abelhas, e os frutos são dispersos
por mamíferos que transitam na área, e acabam encostando nos frutos, que
ficam aderidos ao pelo. Floração abundante durante o verão.
Usos:
Medicinal: Empregada na medicinal tradicional como chás por infusão ou decocção, utilizada como tônica, diaforética, eupéptica, vermífuga, antidiarreica, antimalárica, aromática, antiblenorrágica, febrífuga, e antianêmica. Ainda pode ser utilizada externamente na forma de banho contra dores lombares, renais, ou nos membros, úlceras, feridas e micoses
(LORENZI & MATOS, 2002). Segundo BARCELOS et al. (2011), extratos
da planta exerceram atividade antimicrobiana significativa frente
infecções causadas por S. aureus.
"Malefícios":
É uma planta amplamente conhecida por infestar cultivos, pastagens, hortas e canteiros.
Referências:
BARCELOS et al. Acanthospermum australe (Loerfl.) O. Kuntze: CONSTITUINTES FITOQUÍMICOS E ENSAIO in vitro DA ATIVIDADE FITOPATOGÊNICA. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, p.512, 2002.
Mondin, C.A. 2011. Acanthospermum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB103231).
MOREIRA,
H.J.C. & BRAGANÇA, H.B.N., Manual de Identificação de Espécies
Hortifrúti, Campinas, São Paulo, 2011. Disponível em:
Weed Watch, disponível em: http://www.technigro.com.au/documents/WW%20Paraguay%20Burr.pdf. Acesso em: 11 jan 2012
A. australe nas dunas litorâneas - Navegantes - SC
A. australe em terreno baldio, Xanxerê-SC
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