Asclepias curassavica (Oficial-de-sala)

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Do site:Flora de Santa Catarina
Asclepias curassavica 

Nome(s) Popular(es): Paina-de-sapo, oficial-de-sala, lgodãozinho-do-campo, algodãozinho-do-mato, camará-bravo, capitão-de-sala, cavalheiro-da-sala, cega-olho, cega-olhos, chibança, dona-joana, erva-de-paina, erva-de-rato, erva-de-satã, erva-leiteira, falsa-erva-de-rato, flor-de-sapo, ipecacuanha-brava, ipecacuanha-das-antilhas, ipecacuanha-falsa, leiterinha, mané-mole, margaridinha, margadinha-leiteira, mata-olho, paina-de-seda, paininha, leiteira.

Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Gentianales
Família: Apocynaceae
Espécie: Asclepias curassavica L.
Descrição:

Plantas herbáceas, anuais. Caules 40 cm de altura, com freqüência, lenhosa em direção a base, simples ou ramificada, minuciosamente aracnóide-tomentulosa quando jovem, glabra, Folhas opostas, pecioladas, elíptico-lanceoladas,agudo a acuminado, base aguda a obtusa, 5-12 cm. cm, longo 1-3. ampla, pequena pilosidade quando muito jovens, glabras, membranáceas; pecíolos 0,5-1,0 cm. de compr., Flores bastante grandes e vistosas; lobos do cálice estreitamente lanceoladas, 2-3 mm. ; corola reflexa-rotada, coloração carmesim brilhante, raramente amarelo ou branco, lobos de  5-10 mm. de compr.; ginostégio, longo estipitado, amarelo profundo, a coluna é cilíndrica ou cônica, 2-3 mm. de compr. e 1 mm. larga na base, os capuzes cuculados, distintamente estipitados, amplamente oblongo, arredondado na ponta, 3-5 mm de compr.; chifre basal, por pouco acicular, 4-5 mm. de compr., ligeiramente encurvado sobre a cabeça antera; cabeça antera cilíndrica, 2-3 mm. de comprimento, 1,5-2,5 mm. amplo. Folículos eretos sobre pedicelos eretos, levemente fusiforme, 60-10 cm. compr., lisos, glabros; sementes largas ovais, 5-7 mm de compr. (WOODSON, 1954)

Hábitos, ecologia:

Espécie que cresce comumente em lugares descampados, proliferando-se rapidamente e colonizando o ambiente. É bastante comum em pastagens, onde é inconveniente por ser uma planta altamente tóxica para o gado. Possui uma relação íntima com as borboletas monarcas, que são suas polinizadoras, mas também as lagartas destas borboletas se alimentam das folhas da planta, cortando a nervura principal e deixando que o látex escorra, para depois se alimentar das folhas. Mas a planta não é completamente indefesa, algumas vezes o látex atinge as lagartas jovens, matando-as. Os frutos são secos com dois grandes carpelos, chamados folículos, dentro dos folículos há uma grande quantidade de sementes, munidas de uma paina muito leve, que pode ser levada pelo vento grandes distâncias.

Usos:

Medicinal: É reportado seu uso tradicional em países do centro-sul americanos para tratamento de moléstias dentárias como cáries e dores de dente, aplicando-se látex ou uma semente sobre o local dolorido, esperando que este dente rompa-se para ser removido com maior facilidade e acalmando a dor ao mesmo tempo. Também reporta-se seu uso em tratamentos cutâneos, como grânulos na pele, verrugas, infecções cutâneas, sarna, entre outras enfermidades, com uma pomada à base de manteiga e látex da planta. Para tratar o calazar é aplicado um cozimento de folhas juntamente com outras ervas. Contra picadas de víboras, se aplica a decocção da planta para "caldear" a parte afetada. É usada como analgésico para dores de cabeça, contra reumatismo usa-se um preparado de flores em álcool fermentado por oito dias, contra dores no baço, toma-se durante várias vezes ao dia metade de um copo de água com quatro gotas de látex, quando com problemas de urinar, ingere-se uma decocção feita da raiz da planta. No aparelho digestivo funciona como vermífugo e purgativo. Usa-se também para catarros um algodão banhado de látex, deixando-se este secar e aspira-se o pó. Para aliviar hemorróidas, coloca-se uma bolsa contendo frutos e ramas até a altura do quadril, entre muitos outros usos envolvidos na medicina tradicional, como emética, contra diabetes, etc.

Ornamental: Possui belas flores, bastante vistosas e que atraem borboletas, mas deve-se tomar cuidado, especialmente com crianças e animais, pois a planta é tóxica e pode ser letal.

"Malefícios":

Segundo Fitoterapia & terapias complementares, 2013; "Todas as partes da planta são tóxicas, especialmente as partes aéreas, pois contém diversos glicosídeos, dentre eles, a asclepiadina. Uma dose de 1g por quilo de peso de um bovino pode matá-lo em 40 minutos. Além disso, a oficial-de-sala produz um látex fortemente cáustico. Como sintomas de intoxicação aguda podem ser citados: Irritação de boca e faringe, com salivação intensa e dificuldade de deglutição devido ao látex cáustico, náusea, vômito e dor abdominal, distúrbios do equilíbrio, sonolência e prostação, alterações cardiovasculares que podem levar à morte devido à fibrilação ventricular, em contato com os olhos, o látex causa conjuntivite, edema e lacrimejamento."

Referências:

Biblioteca Digital de la Medicina Tradicional Mexicana. Disponível em: <http://www.medicinatradicionalmexicana.unam.mx/monografia.php?l=3&t=&id=7442> Acesso em 18 fev 2013

Fitoterapia & terapias complementares. Disponível em: <http://www.fitoterapia.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=145> Acesso em 18 fev 2013.

Koch, I.Rapini, A. 2011. Apocynaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB004517).

Wkipédia, http://en.wikipedia.org/wiki/Asclepias_curassavica. Acesso em 09/01/2012

Woodson, R. E., 1954. The North American species of Asclepias L. Annals of Missouri Botanical Garden. 41:1-211. 




Asclepias curassavica

Asclepias curassavica fruto

Asclepias curassavica lagarta

Asclepias curassavica borboleta

Asclepias curassavica sementes
A. curassavica em pastagem abandonada - Rodeio - SC
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Plantas

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